Segundo o Jornal Repórter
Zona Leste é recordista em crimes
Os casos de roubo somam 3717, divididos em 1979 para janeiro e 1747 para fevereiro
Os números da violência em Manaus apontam para um caso de calamidade urbana, no qual a população é a mais prejudicada, ficando à mercê dos bandidos, sendo obrigada a se trancar atrás de grades de ferro para buscar algum tipo de proteção. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas registrou 85 homicídios e um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Como sempre, a zona leste da cidade foi recordista nesse tipo de crime, com quatorze homicídios registrados em fevereiro, superando assim as ocorrências em todas as demais áreas de Manaus.
Outro número que assusta é a quantidade de estupros registrados: foram trinta e um nos dois primeiros meses, média de um a cada dois dias. A insegurança na cidade de Manaus é flagrante quando se observa o total de ocorrências de furto nos dois primeiros meses do ano: 7251, sendo 3716 em janeiro e 3535 em fevereiro. Já os casos de roubo somam 3717, divididos em 1979 para janeiro e 1747 para fevereiro. Outra ocorrência comum nas delegacias são os casos de lesão corporal: foram 1884, o que demonstra que as pessoas buscam solucionar seus problemas de forma agressiva.
Para o sociólogo Luís Antônio Francisco de Souza, a pobreza não é a causa da violência, mas quando aliada à dificuldade dos governos em oferecer melhor distribuição de serviços públicos, isso se torna um forte atrativo para a criminalidade e a ilegalidade nos bairros mais pobres. Ele aponta como causa da violência a fraca presença do poder público nas periferias da cidade, onde o crime consegue se instalar mais facilmente.
Ainda, segundo o sociólogo, a violência está mais presente em locais identificados como espaços segregados, que são áreas urbanas onde a infra-estrutura de equipamentos e serviços, como saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça é precário ou insuficiente, com baixa oferta de postos de trabalho.
Ele disse, também, que o caminho para enfrentar a violência urbana é a participação de toda a sociedade, para cobrar soluções do poder público na organização de redes comunitárias de proteção e apoio social, de desenvolvimento e mais investimento na área de segurança pública. “O envolvimento da sociedade não implica em substituição das funções do Estado, mas apenas ajuda a encontrar soluções em conjunto”, admite.
O sociólogo considera que grande parte das ações necessárias para conter a violência está na gestão urbana, de competência dos municípios. No entanto, como a segurança pública é tarefa dos Estados, Luís Antônio diz que é preciso haver integração entre políticas urbanas e de segurança. “Essas ações se completam com polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e rigoroso”, afirma o sociólogo.
Outro número que assusta é a quantidade de estupros registrados: foram trinta e um nos dois primeiros meses, média de um a cada dois dias. A insegurança na cidade de Manaus é flagrante quando se observa o total de ocorrências de furto nos dois primeiros meses do ano: 7251, sendo 3716 em janeiro e 3535 em fevereiro. Já os casos de roubo somam 3717, divididos em 1979 para janeiro e 1747 para fevereiro. Outra ocorrência comum nas delegacias são os casos de lesão corporal: foram 1884, o que demonstra que as pessoas buscam solucionar seus problemas de forma agressiva.
Para o sociólogo Luís Antônio Francisco de Souza, a pobreza não é a causa da violência, mas quando aliada à dificuldade dos governos em oferecer melhor distribuição de serviços públicos, isso se torna um forte atrativo para a criminalidade e a ilegalidade nos bairros mais pobres. Ele aponta como causa da violência a fraca presença do poder público nas periferias da cidade, onde o crime consegue se instalar mais facilmente.
Ainda, segundo o sociólogo, a violência está mais presente em locais identificados como espaços segregados, que são áreas urbanas onde a infra-estrutura de equipamentos e serviços, como saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça é precário ou insuficiente, com baixa oferta de postos de trabalho.
Ele disse, também, que o caminho para enfrentar a violência urbana é a participação de toda a sociedade, para cobrar soluções do poder público na organização de redes comunitárias de proteção e apoio social, de desenvolvimento e mais investimento na área de segurança pública. “O envolvimento da sociedade não implica em substituição das funções do Estado, mas apenas ajuda a encontrar soluções em conjunto”, admite.
O sociólogo considera que grande parte das ações necessárias para conter a violência está na gestão urbana, de competência dos municípios. No entanto, como a segurança pública é tarefa dos Estados, Luís Antônio diz que é preciso haver integração entre políticas urbanas e de segurança. “Essas ações se completam com polícia melhor equipada e um Poder Judiciário mais ágil e rigoroso”, afirma o sociólogo.
Brasil dispara em número de violência
O Brasil contabiliza cerca de 30 homicídios para cada 100 mil habitantes ante a média mundial de 5. O resultado anual de homicídios pode ser comparado ao número de vítimas de uma guerra civil. Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimam que os custos da violência atinjam10% do PIB, algo em torno de R$ 130 bilhões.
O estudo da FGV calcula que o número de vigilantes hoje no Brasil é 3,5 vezes o contingente das forças armadas nacionais, com o agravante de que esses primeiros possuem qualificação discutível e andam armados. A violência urbana afeta, de forma incisiva, as decisões de investimento no país. Nenhuma empresa quer pôr em risco a vida de seus profissionais e a segurança de seu patrimônio.
Ademais, a liberalização comercial global facilita a importação de produtos que poderiam ser produzidos no Brasil. Isto é, a violência é fator competitivo no mercado internacional e, contrariando as nossas necessidades, exporta empregos.
Nesse contexto, o setor turístico brasileiro, de enorme potencial e diferenciais, acaba sendo o maior prejudicado. O turismo tem capacidade de gerar empregos em escala, até mesmo porque a qualificação de sua mão-de-obra é muito rápida. Solução perfeita para reduzir o desemprego no país e que a violência urbana solapa.
O tipo de violência urbana que se presencia no Brasil é fundamentado no crime organizado, que é o pior de todos, pois cria um poder paralelo. Para o Estado, a violência urbana também representa dispêndios significativos. São retirados recursos da saúde, da educação e do saneamento básico para financiar a infra-estrutura penitenciária, os serviços de apoio às vitimas, etc. O Estado também perde com o abalo na confiança da população em suas instituições.
O estudo da FGV calcula que o número de vigilantes hoje no Brasil é 3,5 vezes o contingente das forças armadas nacionais, com o agravante de que esses primeiros possuem qualificação discutível e andam armados. A violência urbana afeta, de forma incisiva, as decisões de investimento no país. Nenhuma empresa quer pôr em risco a vida de seus profissionais e a segurança de seu patrimônio.
Ademais, a liberalização comercial global facilita a importação de produtos que poderiam ser produzidos no Brasil. Isto é, a violência é fator competitivo no mercado internacional e, contrariando as nossas necessidades, exporta empregos.
Nesse contexto, o setor turístico brasileiro, de enorme potencial e diferenciais, acaba sendo o maior prejudicado. O turismo tem capacidade de gerar empregos em escala, até mesmo porque a qualificação de sua mão-de-obra é muito rápida. Solução perfeita para reduzir o desemprego no país e que a violência urbana solapa.
O tipo de violência urbana que se presencia no Brasil é fundamentado no crime organizado, que é o pior de todos, pois cria um poder paralelo. Para o Estado, a violência urbana também representa dispêndios significativos. São retirados recursos da saúde, da educação e do saneamento básico para financiar a infra-estrutura penitenciária, os serviços de apoio às vitimas, etc. O Estado também perde com o abalo na confiança da população em suas instituições.
Vereadores denunciam violência
Mesmo sem dados comprobatórios em mãos, diversos vereadores denunciaram, quarta-feira, 23, o aumento da violência em Manaus, apontando que o assalto à mão armada é o delito com maior ocorrência em todas as zonas da cidade.
O primeiro vereador a abordar o assunto foi Braguinha (PSB), que além de dar exemplos das ações dos criminosos, solicitou da Secretaria de Segurança uma ação imediata para conter a violência, em especial na zona leste. Outro parlamentar que se mostrou preocupado com a violência foi Ayr José (PTB). Para o vereador, a violência é crescente não apenas na zona leste, mas em toda a cidade.
O vereador Jorge Luiz (PRB) criticou, principalmente, a impunidade. “O país precisa evoluir sem esses absurdos cometidos contra a vida humana e a sociedade brasileira. Todos precisamos acordar ”, finalizou.
O primeiro vereador a abordar o assunto foi Braguinha (PSB), que além de dar exemplos das ações dos criminosos, solicitou da Secretaria de Segurança uma ação imediata para conter a violência, em especial na zona leste. Outro parlamentar que se mostrou preocupado com a violência foi Ayr José (PTB). Para o vereador, a violência é crescente não apenas na zona leste, mas em toda a cidade.
O vereador Jorge Luiz (PRB) criticou, principalmente, a impunidade. “O país precisa evoluir sem esses absurdos cometidos contra a vida humana e a sociedade brasileira. Todos precisamos acordar ”, finalizou.
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