Justiça proíbe Marcha da Maconha em SP
Ministério Público obteve liminar contra evento.
Promotor argumentou que evento é "apologia ao crime".
Promotor argumentou que evento é "apologia ao crime".
Em 2008, manifestantes foram até o Ibirapuera reclamar da proibição da Marcha da Maconha (Foto: Carolina Iskandarian/G1)
O Ministéro Público do estado de São Paulo obteve nesta quinta-feira (30) um mandado de segurança em decisão liminar do Tribunal de Justiça para suspender a realização da Marcha da Maconha na capital paulista. O evento está marcado para domingo (3) em 13 cidades brasileiras. Organizadores do evento ainda podem recorrer da decisão.
O promotor Marcelo Luiz Barone, coordenador do Grupo de Repressão e Prevenção aos Crimes da Lei Antitóxico (Gaerpa), argumentou em seu pedido de liminar que o evento faz "apologia ao crime" e é organizado por "entidade clandestina". O promotor foi o mesmo que pediu a proibição do evento no ano passado.
A proibição vai ser comunicada à Polícia Militar, que poderá reprimir uma eventual manifestação no Parque do Ibirapuera, onde o evento foi marcado. De acordo com o promotor, manifestantes que fizerem "apologia" ao uso e a qualidades da maconha podem ser presos.
"Se alguém fizer (manifestação), vai ser preso por apologia ao tráfico de drogas", disse Barone ao G1.
A proibição da "Marcha da Maconha" havia sido negada em primeira instância pela juíza Maria Fernanda Belli, mas o promotor recorreu ao Tribunal de Justiça.
Marco Magri, um dos integrantes do coletivo da Marcha da Maconha em São Paulo, informou que os organizadores pretendem ir ao Parque do Ibirapuera no domingo (3) às 14h para se reunir com quem estiver no local. Em entrevista ao G1,ele criticou o argumento da promotoria de que os manifestantes fazem apologia ao uso da droga.
"A gente pede uma mudança na lei, mas o promotor insiste em dizer que a gente faz apologia ao uso da maconha. O objetivo da marcha é a legalização da maconha pra uso medicinal, recreativo, religioso e científico", argumentou Magri.
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